Crowdfunding: conheça os tipos e diferenças entre eles

Crowdfunding: conheça os tipos e diferenças entre eles

Você já conhece como funciona o crowdfunding? Sabia que é possível investir por meio dele, e colher retornos acima da média do mercado financeiro tradicional?
02/09/2022
5 min

O que é o Crowdfunding?

A tradução para crowdfunding, do inglês, é financiamento público ou financiamento coletivo. Um nome bonito para o que aqui no Brasil conhecemos como “vaquinha”. O objetivo deste é a arrecadação de recursos financeiros com um grupo de pessoas para viabilizar e tirar um projeto específico do papel.

E nessa fase conceitual, quando dizemos projeto de maneira genérica, é porque o conceito puro de crowdfunding se aplica a qualquer projeto! E com o surgimento de plataformas na internet dedicadas para este fim, não existem mais as barreiras geográficas para interagir com as captações de recursos. Isso tornaria possível pessoas de qualquer lugar do mundo participarem da levantamento de capital para um determinado fim.

Inicialmente, as plataformas se concentravam em conectar o público a artistas, causas sociais e projetos criativos em geral, mas o conceito foi evoluindo e atualmente existem, basicamente quatro tipos de crowdfunding. Vamos a eles.

Baseado em doação

Os apoiadores literalmente doam recursos, já que não há expectativas de nenhum retorno financeiro. Neste caso, a satisfação em ajudar uma causa é a principal motivação da pessoa participar da captação de recursos.

Há algum tempo circulou em algumas redes sociais o vídeo de um senhor de setenta e poucos anos que estava vendendo água no semáforo para conseguir pagar a sua faculdade de direito. A pessoa que estava gravando esse vídeo fez uma campanha em uma plataforma de crowdfunding de doação para ajudar esse senhor a pagar as mensalidades que faltavam da faculdade dele.

Na ocasião, mais de 3 mil doadores apoiaram na ação e levantaram mais de R$ 150 mil para ajudar no pagamento das mensalidade da graduação do estudante, sem a expectativa de nenhuma contrapartida.

Baseado em recompensa

Neste caso os apoiadores recebem recompensas ou garantem participação em uma pré-venda do serviço ou produto que o idealizador do projeto pretende produzir.

Um exemplo desse modelo seria um escritor lançando um livro. Ele poderia oferecer aos apoiadores alguns brindes temáticos, ou uma cópia do livro antes da distribuição para vendas em geral, ou então que essa cópia do livro fosse autografada, ou até mesmo o nome do apoiador escrito nas páginas de agradecimento do livro. A motivação, nesse caso, está muito mais atrelada a uma realização pessoal e/ou a vontade de pertencer a uma determinada comunidade do que algo de grande valor financeiro. Já imaginou aí, um escritor que você gosta muito escrevendo seu nome na página de agradecimentos do livro dele?

Baseado em empréstimo ou dívida

O terceiro modelo já tem uma perspectiva diferente. Nele já mudamos o nome de apoiadores para investidores, já que neste caso há como objetivo o lucro. No modelo baseado em empréstimo ou dívida, os investidores recebem um instrumento de dívida, também conhecido no mercado financeiro como debênture. Nele é pactuado o pagamento de uma taxa fixa de juros e retorna o principal de acordo com um cronograma determinado. Esse modelo é uma excelente alternativa no financiamento de pequenos negócios e tem se popularizado muito no segmento da construção civil.

Vamos ao exemplo, uma pequena construtora tem o projeto da construção de um prédio residencial, e ao invés de ir ao banco pegar um financiamento para a obra, ela pode fazer uma captação por crowdfunding e ter vários investidores aportando para que a obra seja executada. O fluxograma abaixo apresenta como a plataforma de crowdfunding é o elo capaz de conectar investidores à projetos que buscam capital para execução.

Baseado em participação societária ou equity crowdfunding

Quando você entra no home broker da sua corretora e compra ações de uma determinada empresa, você está se tornando sócio, dono de parte dessa empresa. Nesse caso é muito parecido, já que os investidores adquirem ações da empresa ou títulos conversíveis em ações, visando retorno financeiro, quer seja por meio de fluxo de dividendos ou ganhos de capital. A principal diferença entre esse modelo e o anterior, é que neste caso há a participação, imediata ou futura, como sócio da empresa.

Um exemplo fácil para esse modelo seria o investimento em startups, empresas em estágio inicial que estão ainda em fase inicial de operação e tem escalabilidade dos produtos.

Outro exemplo, bem próximo do nosso cotidiano é uma boa padaria próxima da sua casa. Você conhece o negócio, e gosta de frequentar lá porque sabe bem a qualidade dos produtos e do bom atendimento do lugar. O dono tem muita vontade de expandir o negócio, e criar uma filial em outro bairro. Você como um bom investidor, e conhecendo o negócio, já ficaria interessado em ser sócio nessa expansão, sabendo que mantido o mesmo padrão da primeira loja, a padaria teria sucesso nesse outro bairro ou região. Pensa se não tem um negócio perto da sua casa que você adora frequentar, que você sempre nota que está cheio, ou seja, tem uma boa clientela, onde é bem atendido… já veio na sua cabeça qual seria esse negócio? Não seria bom ser o dono de uma fatia dessa empresa?

No Brasil existe a regulamentação nº 88/2022 pela CVM para os crowdfundings tanto no modelo de dívida como no de equity. É ela quem autoriza as plataformas para que possam fazer esse tipo de oferta pública de investimento. E temos muito orgulho em sermos uma das plataformas autorizadas pela CVM para tal atividade!

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Este artigo foi atualizado em 04/05/2023

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Escrito por Victhor Araújo

Fundador da Revin, é empreendedor e investidor serial. Engenheiro por formação, é especialista em desenvolvimento de software e criação de produtos digitais. Tem como missão ajudar empreendedores a captar investimento, e investidores a diversificar sua carteira com ativos de economia real.

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